terça-feira, 28 de maio de 2013

OS GANHOS DAS FÉRIAS!!

Férias é bom e todo mundo merece!!
Depois do nascimento de Gaby a folguinha em família finalmente chegou.
Dia 04/05 Gaby completou 4 meses e claro que fizemos um mesversário maravilhoso, com a companhia da família e amigos.
Neste mês papai saiu de férias e resolvemos viajar, mas para onde?
Normalmente gostamos de praia, mas dessa vez pensamos em lugares calmos, com pouca gente e ideal para passeio em família... Então pensamos logo em Caldas Novas. E já posso adiantar gente, foi a ideia ideal.
Lugares gostosos, com piscinas aquecidas e deliciosas, em que com um par de boias a Má se sentiu livre e feliz.
Curtimos demais!!
Os hotéis maravilhosos, o parque também maravilhoso.
Mas viajar com crianças pequenas (4 meses e 3anos) não é perigoso?
Gente a viagem foi tudo de bom, deu para descansarmos bastante, as crianças curtiram demais.
Na volta recebemos um e-mail do bebe center... (o site nos envia e-mails semanalmente contando sobre o desenvolvimento de nossa pequeniníssima Gaby) e adivinhem???
4 MESES E 1 SEMANA - Já podem fazer a primeira viagem em segurança. 
Parece até que adivinhou... kkkkk.
Quando a Má estava com 4 meses também viajamos com ela.
Mas até a Gaby entrou na piscina??
Gente, enquanto em Campinas chovia e fazia frio, em Caldas Novas o tempo estava uma delícia, em plenas 18:00hs a temperatura estava 26ºC. e as piscinas superaquecidas.


Saudades desses dias!!





Esses dias foram ótimos para descansarmos, curtimos uns aos outros sem rotina e com muita diversão. Aproveitamos para criar coragem e ver nosso bebê dormindo gostoso em um bercinho.
Fiquei boba ao ver a Gaby dormindo por dias no bercinho sem chorar, sem reclamar e de uma forma até prazerosa, pois em casa não tínhamos coragem de tirá-la da nossa cama.
Com 20 dias a Má já estava em seu bercinho, mas um filho não é igual ao outro, e na minha cama a Gaby dormia muito bem, e eu estava completamente sem coragem de mudar essa realidade.
Mas... Lá em Caldas Novas com um tempinho bom daqueles coloquei no bercinho para ver e não é que ela se deu super bem 0/... Ebaaa!
Na segunda noite achei que ela fosse chorar, mas pasmem... Ela não chorou, aliás em nenhuma das noites.
Voltei para casa super feliz, descobri fora de casa que ela se dava super bem no bercinho. E não vê-la sofrer por isso foi o melhor.
Chegamos em casa e não na primeira noite, mas na segunda criei coragem e fomos experimentar o bercinho, e não é que deu certo??
Agora ela dorme em seu berço todas as noites depois de 4 meses com cama compartilhada e o melhor sem culpa!!
Minhas gatinhas estão crescendo!! Passar uns dias fora nos trouxe crescimento à todos.




quinta-feira, 16 de maio de 2013

DE CARA NOVA!! EBAAA!


Ops! Será que eu entrei na casa errada?



Não, não... É aqui mesmo.
Seja bem vindo (a).
Sinta-se em casa!

Depois de alguns aninhos é bom dar uma reformada na casa.
Pintar as paredes com cores novas.
Sem contar que depois de tanto tempo e depois de tantas histórias, vivências, passagens, encontros, desencontros... Nada melhor do que reequilibrar, reencontrar, pensar, refletir sobre tudo o que passou... E passou tão rápido!

Meu bebê nasceu, cresceu... Ganhou outro bebê (a irmãzinha que ela queria tanto). 
A mamãe de 2009 já não é a mesma.
Já é mãe de segundinho!!
Já passou por uma nova gestação... Ops! Me desculpe... Passou por mais duas novas gestações.
A primeira perdeu, mas se não fosse isso a segunda não teria acontecido, já que tem apenas 2 meses de distância.
Por isso agradeço a Deus pelo meu bebê e por tudo o que ele representa.
Nasceu uma menina linda, meiga, que eu AMO tanto.

A Má passou por tantas fases, já fez tantas gracinhas e hoje uma mocinha.
Adora brincar, gosta muito das crianças de sua convivência e AMA a irmã. É carinhosa e atenciosa com ela.

A Gabi chegou fazendo do nosso 2013 muito especial... Tem sido dias de verdadeiro aprendizado, mãe de dois é bem diferente de mãe de um, tenha a certeza disso. Hoje mais do que nunca tenho a certeza de que a gente sempre aprende, que por mais que vivamos temos sempre muito a aprender.

No início, meio acanhada, sem saber muito o que escrever... "Disse meu nome, que eu era casada, mãe da Marina e que estaria aqui como se está para um diário, contando tudo o que se passava com minha pequena"
Um pouco mais tarde em meu perfil postei o seguinte: "Sou Camila,MÃE da Marina e esperamos a Gabriela. Estarei postando aqui tudo sobre o desenvolvimentos dessas duas florzinhas,a Má com 2 anos e 10 meses e a Gabi com 4 meses de gestação, "suas gracinhas" e seu desenvolvimento, curiosidades e fatos que são importantes no desenvolvimento infântil de um modo geral. Vivências, dúvidas e comemorações de uma gestante de segunda viagem... "

E agora mais uma vez mudando o texto.

Os dias tem passado rápido demais, então não perca tempo e se dedique à felicidade.

Que fique para minhas pequenas mais esse registro do quão grande é o meu amor por elas!!

E que as portas aqui estão sempre abertas... Principalmente para as novidades, para os avanços, para as conquistas, para as alegrias e para o aprendizado.

Beijos queridas!!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

PARTO HUMANIZADO!!

O Parto Normal sempre foi a minha opção (embora minha primeira gestação tenha sido uma cesárea).
Mas o Parto Humanizado foi um Sonho Realizado |o/!

Completaria 40 semanas dia 25 de janeiro.
Bom, esperaria as festas e aí marcaria uma consulta com a Dra. Mariana Simões, uma vez que até então eu estava mais preocupada com quem seria a minha doula e não o (a) médico(a) em si.
Assisti uma palestra da Renata Olah e senti muita segurança, gostei muito desde o primeiro instante, logo a convidei para realizar meu parto.

Dia 01 de janeiro ao me levantar pela manhã da cama sinto um jato de água, com uma gestação meio conturbada logo pensei, incontinência urinária... Puts! Mais essa!
Tínhamos marcado um churrasco em uma chácara com os familiares.
E fui...

Última foto grávida
 Passamos o dia na chácara, quando foi 17:00hs veio um novo jato e aí entrei em contato com a Rê, que nos alertou que talvez o plantonista me internasse. E foi batata!
Mas quando dei entrada nos papéis da internação pedi para ser acompanhada pela Dra. Mariana, consegui seu telefone e o hospital entrou em contato com ela. Nos conhecemos alí, depois de internada ela foi me visitar, tirou todas as minhas dúvidas e ficamos aguardando o nascimento da Gaby.
Três dias depois chega a nossa linda princesinha. E segundo essa linda pessoa que esteve conosco durante essa longa espera, que nos acompanhou a mim e ao marido, descreveu a chegada da minha caçulinha assim:


Esse é o sorriso cansado de uma mulher que teve ruptura de bolsa um pouquinho cedo, e o líquido chegou a um nível meio preocupante. Seu colo uterino não estava bom prum parto: fechado, grosso, como deveria ser para a idade gestacional que ela estava (36 semanas e um pouquinho!). 
Mas aí, essa mulher encontrou uma equipe muito bacana que confiou em sua capacidade e vontade de parir. Juntas bancaram uma indução lenta e controlada para dar tempo do colo trabalhar... e depois de muuuuuuito caminhar, esperar e se esforçar, no início da noite de hoje, ela pariu. Sem episio, sem analgesia. Sentada na banqueta de cócoras, apoiada pelo marido, que permaneceu calmo e paciente nos dois últimos dias. Uma experiência totalmente diferente do nascimento da primeira filha, que nasceu de cesárea por pressa médica!! É......... as mulheres, quando querem, conseguem! Ô se conseguem!!
Parabéns família e equipe!!! 2013 começou lindo!!! (Renata Olah)
 EU Amei! Realmente mesmo com todo esse histórico conseguimos... Uma equipe e um marido que passaram muita confiança e que acreditaram, foram essencial para que tudo desse certo. Estou muito feliz de ter dado essa oportunidade de amor à minha filha linda que nasceu sem dar sequer um choro de desespero, sempre muito calma sendo abraçada desde os primeiros instantes de vida.

E hoje eu posso dizer - Parto Humanizado é saudável! É POSSÍVEL!

MAMÃE, PAPAI E MARINA - NÓS TE AMAMOS LINDA!
UMA FOTO QUE EU GOSTO E QUE EXPLICA MUITO!

FOTO – NAOLI VINAVER - (direitos autorais)
Muitos hospitais e serviços médicos ignoram as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e mulheres em que no mundo atual não se pode perder muito tempo.
Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco.
O acompanhamento familiar deixa a parturiente mais tranqüila, tornando o parto mais seguro, ao constatar que a equipe especializada dos hospitais não consegue oferecer o suporte emocional que a parturiente necessita.
A posição deitada substituiu o parto vertical para melhor controle médico, mas a posição vertical é mais segura tanto para a mamãe quanto para o bebê, além de ser mais rápida. A presença do bebê junto à mãe após o parto é tão ou mais importante para o vínculo afetivo dos dois do que os exames realizados no bebê depois do parto e longe da mãe.
Mais do que após o parto, a presença do bebê junto à genitora no quarto é fundamental para o conhecimento de ambos, maior vínculo afetivo e amamentação prolongada. O leite artificial substituiu o leite materno e está provado que o aleitamento materno é superior nas suas qualidades.
Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível.
É a mulher que deve escolher onde ter o bebê, qual acompanhante quer ao seu lado na hora do trabalho de parto e no parto, liberdade de movimentação antes do parto e em que posição é melhor na hora do nascimento, direito de ser bem atendida e amamentar na primeira meia hora de vida do bebê. Para isso, é fundamental o pré-natal.
A dor é entendida como uma função fisiológica normal que pode ser aliviada com métodos não-farmacológicos amplamente embasados, mas não quer dizer que a mulher não tenha a escolha de optar pelo uso de analgesia.
Isso não significa que o parto cesárea ou com intervenção médica não possa ser humanizado. O parto cesárea existe para salvar vidas, mas não deve ser a grande maioria dos partos como acontece hoje e sim como em último caso. Isso também deveria acontecer com as intervenções médicas que somente devem ser aplicadas quando necessárias ou quando de escolha da mulher se bem orientada quanto a essas intervenções.
O Parto Humanizado significa direcionar toda atenção às necessidades da mulher e dar-lhe o controle da situação na hora do nascimento, mostrando as opções de escolha baseados na ciência e nos direitos que tem. (Guia do Bebê)



domingo, 28 de abril de 2013

Voltei!!!

Pessoal, passando para deixar registrado o quanto este momento está sendo significativo para mim. 
Depois de meses tentando deixar marquinhas das minhas pequenas registradas aqui, hoje... EU CONSEGUI.
Consegui ter acesso a minha conta e consegui driblar esse computador que ainda sem saber os motivos não conseguia fazer nenhuma postagem.
E ai a gente também meio que acaba desanimando... Mas hoje está aí e... ESTAMOS DE VOLTA.
Olha nós aí outra vez!!



ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS:
Depois de uma tremenda urucubaca (que hoje compreendo melhor) caí de cama na quinta-feira, pensei que fosse morrer, mal conseguia abrir os olhos, tinha todos os sintomas de febre embora no termômetro marcava 37ºc. De noite hospital e mais um lindo diagnóstico além da gripe (forte e passageira), vem mastite...
E depois de 2 dias com medicamentos estoura aquele sinalzinho de febre interna.

Graças a Deus que é Glorioso, que está no céu e que sabe de TUDO que se passa conosco... Hoje em pleno domingo ESTOU CURADA.

Agradeço ao pai celestial por esses dias de grande aprendizado. E por mais todos esses outros que estão por vir e que colocarei todos os acontecimentos mais importantes desde onde paramos até os dias atuais.

Um beijo à todas que nos lê.
E um beijo saudoso e dedicado às minhas lindas princesinhas que hoje são crianças, mas que um dia lerão e saberão o quanto são super, ultra, mega, blaster AMADAS. E poderão até achar brega, mas saberão.

Gabi e Marina AMOOOOOOOOOOO

domingo, 14 de outubro de 2012

GABRIELA COM 25 SEMANAS!!

É engraçado pensar no que estou vivendo e redescobrindo.
Esse momento gestante é realmente maravilhoso e mágico. Passa tanta coisa pela nossa cabeça, existem tantas fases dentro de um momento único como esse.

Um bebezinho dentro de mim. Já é tão grandinho... Já tem carinha de bebê. E ao mesmo tempo tão pequenininho.

Mexe tanto esse bebê! Vocês nem imaginam... Durante a noite mexe bastante.

Quanto assistimos filmes...
Há umas semanas atrás só a mamãe sentia às vezes alguém conseguia surpreender e tirar um chutinho dessa sapequinha. Mas agora os chutinhos estão super descarados... kkkkkkkkk.
Chuta pra todo mundo o tempo todo. Papai baba!

Antes era tão difícil, pois quando papai colocava a mão na barriga logo cessavam os chutinhos, agora chuta pro papai.

A barriga fica até tortinha.
Essa menininha vai pra lá e pra cá.



O lado que ela mais gosta de ficar é do lado direito. Senta, deita e se esparrama...

Gosta muito de ouvir as musiquinhas junto com a Má e conversamos muito com ela.
Agora descobri (ou redescobri) que dá até para brincar com seus pezinhos quando a Gabi 
chuta.

Aqui estamos curtindo muito essa fase. Tentamos dar mais atenção à barriga quando a Má já pegou no sono. Eu sei que ela tem que se acostumar e que uma hora o nenê vai nascer, mas podendo evitar o ciúmes evitaremos.

Uma música deliciosa que não paro de ouvir, uma amiga uma vez escreveu a letra no caderno de lembranças da Marina. Desde então me apaixonei por ela,mas aí a Má já não vivia dentro d’água.

Agora com a Gabi aqui, habitando este espaço quentinho, acolhedor, ainda confortável... kkkkkkk. Debaixo d'água! Com apenas 800 gramas, segundo a nossa querida Dra. ( ela ainda pode se divertir aqui dentro), não canso de escutar essa linda música e acho que Gabi já está apaixonada por ela. 

Música: Debaixo d'água
De: Arnaldo Antunes
Interpretação: Maria Bethânia


LETRA:
Debaixo dágua tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar

Mas tinha que respirar

Debaixo dágua se formando como um feto
sereno confortável amado completo 
sem chão sem teto sem contato com o ar

Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia


Debaixo dágua por encanto sem sorriso e sem pranto
sem lamento e sem saber o quanto
esse momento poderia durar

Mas tinha que respirar

Debaixo dágua ficaria para sempre ficaria contente
longe de toda gente para sempre
no fundo do mar

Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia

Debaixo dágua protegido salvo fora de perigo
aliviado sem perdão e sem pecado
sem fome sem frio sem medo sem vontade de voltar

Mas tinha que respirar

Debaixo dágua tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar

Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia






sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva: "Presença. O presente que toda criança gosta de ganhar".


Nossa! É antagônico escrever sobre a dona de casa e sua valorização e logo em seguida escrever sobre mais presença e menos presente.
Porque parece que um tema é meio que relacionado ao outro e as duas propostas vieram juntas esse ano.

Com a iniciativa das "Mamães em Rede" que promovem sua primeira Blogagem Coletiva.

http://mamaesemrede.blogspot.com.br/

Tudo tem o lado positivo e o lado negativo. Se por um lado ser dona de casa além de histórico vem com um peso extra carregado por machismo, desvalorização de um trabalho que não acaba nunca, por outro lado conheço algumas famílias que as mães deixam seus pequenos por até (parece exagero, mas é pura realidade) 19 horas para se dedicarem integralmente ao  trabalho (lembrando que não são mães que criam seus filhos sozinhas, porque realmente há mães que não tem opção).

E que por não estarem com seus filhos ou por esses momentos serem raros, querem retribuir de uma maneira que agrade sempre (ou pelo menos de uma maneira que agrade sem gastar muito tempo). Comprar presentes parece ser uma maneira de deixar os pequenos sempre contentes e felizes, sem esquecer que o objetivo de sair de casa para trabalhar é ganhar o bendito dinheirinho que a criança já é treinada desde pequenininha a dizer “mamãe (papai) foi trabalhar para ganhar tutu”. Quando a criança chora vendo o adulto sair nossa primeira justificativa é... “Mas você não quer ir passear? Não quer ganhar aquele brinquedo? Não quer comprar aquele tênis novo?” Então papai (mamãe) precisa ir trabalhar.

E realmente precisam mesmo!
Mas além de passar muitas horas fora de casa quando chega o final de semana, a folga, ou as férias a maioria dos pais querem descansar. Alguns levam para passear, mas nada como ler livros para os pequenos, fazer piquenique (segundo alguns dá muito trabalho), desejando com que a criança se contente com o brinquedo novo, as roupas novas, a festa de aniversário, os presentes... E quer mais o quer? Já tem tudo!

Quando minha filha estava com 10 meses eu parava tudo o que estava fazendo para ir para o tapete ensiná-la a comer sozinha. Adoro criança independente.
Então a colocava sentadinha no tatame, enquanto ela brincava com a colher, ia oferecendo a comida com outra, durante esse processo e depois dele brincávamos muito. Demorou um tempo para o marido se acostumar com a bagunça.
Mas era compreensivo, eu trabalhava com crianças pequenas e já estava habituada. Eles não aprendem a pegar na colher e ir sozinho até a boca do dia para noite. Adoram comer com a mão e fazer aquela bagunça. Sei que em muitos lares se evita essa atividade pelo mesmo motivo que ele estranhava.
Mas depois de um tempo quando saíamos, ele conseguia observar a diferença entre nossa pequena e outras crianças até mais velha que faziam a maior bagunça e até outras que nem comiam nada. Enquanto a Má, além se sentar e se virar sozinha sem grandes estardalhaços aceitava todo o tipo de comida. Com o tempo ele foi vendo quanta diferença esse contato de tão perto fez na vida dela.

O contato diário com os pais não tem preço na vida de uma criança. Digo contato de olhar nos olhos, dividir desafios, ver ali construir uma relação de amor, carinho, afeto e companheirismo.



Não é necessário esperar o dia, a semana ou o mês da criança para se aproximar do filho, para propor algo novo que os aproximem, mas já é um grande começo.
Quem sabe a partir daí os pais, as famílias não começam a ver uma valorização na criança e em tudo o que ela faz. Perceber o quanto é significativo essa participação na vida dela.
Marido saiu cedo para trabalhar... Marina acordou e perguntou “Cadê o papai?”
Eu respondi “Foi trabalhar Má, foi ganhar dinheiro”
Ela respondeu brava “Eu não quero dinheiro, quero ele aqui”.

Me deu vontade de abraçar, beijar e babei demais porque nunca esperava uma reação dessas, é uma criança que nem tinha 3 anos completos. E daí já se nota que eles percebem tudo o que ocorre ao redor e já sabe exatamente o que querem. Como ignorar? Como preferir fazer outra coisa a estar com eles? Com certeza esse tipo de diálogo não acontece só na minha casa. Até porque hoje em dia as crianças estão hiper precoces. 

Difícil entender, mas nem tão difícil de presenciar cenas do total capitalismo que vivemos hoje.
Do mesmo jeito que levou um tempo para meu marido se acostumar com aquelas atividades tão divertidas que passávamos juntas (ele queria a casa em ordem, e infelizmente muitos e muitas querem, não se preocupam com a qualidade que os pequenos estão tendo naquele momento de brincadeira) também não está sendo fácil convencê-lo de que o presente do Dia das Crianças esse ano poderia ficar de fora. Acredito que muitos pais pensam estar fazendo o melhor para seus filhos e não os julgo por isso.

Já questionei para que ele pense e para que possamos resolver juntos o que faremos por aqui no dia das crianças, vejo que essa ideia de shopping, consumismo, e brinquedos está bem entranhado na nossa cultura... Mas com muita conversa vamos mudando essa figura.
A mudança sempre traz algo novo, e quem sabe esse primeiro passo já não seja mais fácil, e aderido por mais pessoas daqui pra frente?
 
PARABÉNS AO DIA DAS CRIANÇAS!!

E que nós possamos sempre presenteá-las diariamente com  nosso amor e companhia.

Beijos à todas e todos e um Feliz Dia das Crianças para Nós!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva Especial Dona de Casa


Quando vi a proposta de uma blogagem coletiva proposta por "Donas de Casa Anônimas" com o tema dona de casa, já que dia 31 de outubro é o dia das donas de casa. 
Comecei a pensar no que ia escrever, porque apesar de trabalhar fora tantos anos, a gente sempre é meio dona de casa, não tem jeito! 
Sem contar que depois que temos filhos por mais que não pareça tem sempre uma força (um pensamento) maior e uma cobrança que as vezes parte de nós mesmas que nos leva a indagar, mas vai sair pra trabalhar? E o bebê?
Então comecei a ler a respeito e conversar com várias pessoas.
Conversando com um rapaz e contando que uma amiga foi até a casa do namorado ajudá-lo com a limpeza e a cuidar da casa, e que por isso acabou virando rotina e hoje depois de casada ela se mata para cuidar da casa, dele e das coisas dele, ele virou e respondeu - mas não é a obrigação dela?
E continuou, sou casado e minha mulher vai trabalhar só se eu quiser, se eu achar que o horário de trabalho não está bom falo pra ela sair e pronto. E se não estiver bom pra ela, arrumo as minhas malas e vou embora.

Dias depois desta conversa neste blog li a seguinte frase - “Eles foram treinados para o papel de provedor e, por puro machismo, transferem toda a responsabilidade da casa e da criação dos filhos para a mulher.” (Ricardo Estevam)

Acho que toda essa confusão começa aí.
Porque cuidar do lar onde moramos, estar com filho, participar do seu crescimento, das suas vivências, das suas descobertas, da sua infância, poder ver se ele está realmente se alimentando bem, como tem passado o dia, fazer parte do seu cotidiano, poder contar-lhe histórias, participar de suas brincadeiras, ver e observar como ele constrói suas idéias, escolher fazer parte do dia a dia dele. Cuidar da casa com zelo, deixando tudo do jeitinho que a gente gosta, ter o poder de organizar uma rotina agradável ao lado de quem amamos não teria nenhum motivo para se envergonhar se não fosse por não ser valorizado, e porque não é?
Por uma visão machista e não digo que essa visão seja só deles, há muitas mulheres mais machistas que muito homem por aí.
A ideia de que num casamento tudo deve ser dividido pelo jeito ainda é minoria...
Nas redes sociais quem tem coragem bota a boca no trombone, se expressa... Mas ainda há quem fique quietinha só escutando. Ou quem ainda nem tenha conhecimento disso.
Também não é estranha a tal frase, hoje em dia as mulheres têm que sair para trabalhar, não é como antigamente que só o marido conseguia sustentar a família.
Muitas pessoas se acham independente por trabalhar fora, mas dependem muito de outras pessoas para realizarem as tarefas mais simples.

Como já disse em outros posts a ideia de dependência não me chama a atenção. E não estou do lado de nenhum gênero (nem masculino, nem feminino). Qualquer tipo de dependência não me atrai.
Talvez por isso a minha opção não tenha sido a de ser somente dona de casa – a dependência financeira. Para mim difícil questão.
Desde a adolescência meu sonho sempre foi ter a minha casa, sair da barra da saia dos pais, ser independente. E aí depois de tudo conquistado vou jogar isso nas mãos de uma outra pessoa?
Ter que pedir dinheiro para ir à padaria? Não me faz sentir confortável.
Em curto prazo legal, em longo prazo... Difícil!
Sem contar que nem sempre é uma opção!

Minhas avós não tiveram opção, assim como muitas mulheres não tem, mesmo por seu modo de vida, por sua criação, passam a vida a sonhar com o casamento e com a criação dos filhos, e de fato para a maioria delas isso era a realização suprema para a vida, assim me conta minha avó paterna. Hoje em dia ela diz não podíamos fazer nada filha, tinha que obedecer ao marido.
Hoje ela conta que tinha sonhos... Que queria ser professora, que durante a vida sentiu muita falta dessa valorização que tanto falamos, que ninguém a elogiava por a casa estar limpinha e cheirosa. Que gostaria de ter sido mais bem tratada, afinal fazia tudo com o maior amor. E conta também a história de uma irmã, muito inteligente, que com a ajuda da mãe estudou escondida, se formou e o pai quando descobriu a proibiu de trabalhar e depois de se casar o marido fez o mesmo.
Hoje em dia ainda podemos optar! Mas nem sempre foi assim... E nem sei se isso ocorre em todos os lugares e em todas as famílias. O jovem com quem conversei (conversa do início do texto) não tem uma realidade tão diferente e nem é de um lugar distante.
Hoje ainda lutamos para que seja uma opção de fato!
E não podemos nos esquecer quando optamos por algo, abrimos mão de alguma coisa sempre.