Marina está saindo das fraldas... E essa experiência tem trazido para nós algumas vivências não muito agradáveis. Não tanto pela ausência da fralda, mas por todo seu conjunto.
Na escola, no dia 04/10 tivemos uma reunião de setor (é um espaço onde colocamos todas as nossas dificuldades, preparamos atividades, propomos trabalhos diversificado entre nós adultos e atividades diferenciadas com as crianças, decidimos passeios, presentes para as datas festivas e comemorativas da comunidade... enfim um espaço que abrimos uma vez por semana para discutir diversos assuntos relacionados a sala), só que neste dia o que foi dito ali era que pela falta de estrutura da sala que não tem banheiro (se trata de um único berçário da escola), pela falta de funcionários, e pelo grande número de crianças matriculadas... A escola não teria estrutura para tirar a fralda das crianças desta sala que já tivessem ou demonstrassem essa capacidade.
Isso acabou me deixando frustrada, arrasada... Até porque nesse mesmo dia Marina tinha acabado de fazer xixi e coco no chão e ninguém se levantou para limpar, uma vez que não concordavam com a situação de tirarem sua fralda.
A única maneira de tirar a sua fralda seria mudando-a de sala. E a princípio se fosse para que ela fizesse essa retirada eu toparia na hora. Cheguei até a conversar com uma das colegas de trabalho para ver se havia vaga em outra sala e se havia essa possibilidade da retirada de fraldas.
Hoje com a cabeça fria e pensando melhor... Neste momento de retirada não tem que ser feito em um lugar em que a criança se sinta segura?
Mudando-a de sala ela estaria por dois processos ao mesmo tempo, não seria só se adaptar sem a fralda, mas se adaptar em uma sala que não é a dela, com coleguinhas novos, pessoas novas e mais as fraldas... Isso me deixou insegura.
Hoje ela passa as tardes na casa da bisa, e minha prima está me ajudando neste processo.
Nunca duvidei da sua capacidade e a cada dia que passa vejo nos detalhes como está dando certo!
Nosso trajeto até a casa da bisa é longo, e normalmente vamos de ônibus, tomamos 3 ônibus até lá e leva 1 hora e meia e Marina vai sem fralda. Nunca me deixou na mão... kkkkkkkkkkkk. Graças á Deus, porque seria bem complicado caso acontecesse.
Ontem fomos á igreja ouvir a palestra da Cris Poli (Super Nanni), excelente viu gente! Eu recomendo... Mas e aí? Deixar ou não sem fralda? Nossa, ficamos em uma dúvida tremenda... E acabamos por colocar. Fiquei descontente, mas compreendi que o momento não era propício.
Chegamos em casa e fomos trocá-la de roupa, escovar seus dentes para dormir. Em cima da cama ela começou a tirar a fralda, ai meu marido falou para que ela não tirasse, pois já ia dormir.
Desta vez interferi. Disse deixe que ela tire, faz parte do processo. Ela já entendeu que não precisa da fralda, quando tirei, para minha surpresa, a fralda estava seca e ela queria fazer xixi.
Levei ao vaso sanitário (em casa utilizamos o redutor) e lá ela fez xixi.
Gente! Vocês não imaginam a minha alegria em vê-la conquistando mais esse espaço. Conquistando essa independência.
Estou imensamente feliz, pois vejo que está funcionando. Que mais rápido do que eu imaginei, ela está conseguindo.
Ela já sabe onde fazer xixi e o momento mais adequado. Claro que tudo é um processo e de passo em passo chegaremos lá.
Daqui para frente tudo será vitória!
Meninas, é uma difícil situação, mas eu optei pela Marina e acredito na sua capacidade.
Ela está com anos completos, tem feito muito calor por aqui. Quero aproveitar esse momento que não é sofrido nem para ela e nem para mim.
Quero também agradecer a Deus por me dar uma família tão linda e unida. Sempre que precisei nunca me desampararam. Amo vocês e muito obrigada por tudo.
Vocês já passaram por algo assim?
O que fizeram?
No desfralde tenha muito amor e paciência eles são capazes...